terça-feira, 22 de julho de 2008

A Necessidade - Abertura -

Vestibular à vista!

E aí você estuda que nem um camelo, se dedica e consegue vencer este grande desafio que acabará se tornando um dos maiores marcos de sua vida e porquê? Porque ele precede à UNIVERSIDADE! Wow!

A esta altura você já deve estar sabendo que está adentrando no seleto grupo de não mais que 3% dos brasileiros que acessam o Ensino Superior na terra dos coqueirais e dos babaçuais, como diria o nosso Gonzaguinha.

Mas mesmo a esta altura ainda não deve ter sequer vislumbrado o que possa significar ser um cristão neste novo lugar chamado Universidade, e não mais escola. Quer dizer, dos 3% que se matriculam em um curso superior, quantos deles são cristãos? Esqueça os cristãos nominais, eles só levam o nome, mas não têm vida.

"Tal porcentagem ínfima de cristãos verdadeiros não faz diferença! Veja! Isso mostra como a universidade é um espaço a-religioso mesmo, e não temos nada a ver com ele! Lá é um espaço de ESTUDO e não de FICAR FALANDO DE JESUS DE LÁ PRA CÁ, as pessoas têm que fazer o que acham melhor e cada um na sua!" Será? "Claro que sim... Afinal, esse espaço acadêmico universitário é um lugar de estudo da Ciência e ileso às influências subjetivas daqueles que o freqüentam. A Ciência também supõe uma objetividade à prova de qualquer suspeita, assim, a universidade, que a propaga, é naturalmente um lugar de formação aberto de cidadãos que se respeitam mutuamente e recebem o conhecimento necessário para realmente se tornarem agentes transformadores em nossa sociedade onde quer que estejam." Será que é realmente isso o que acontece ou isso é aquela velha idealização da vida que cega a muitos?

Mas tá certo, se a coisa é tão bonita quando alguns desejam crer... Onde estão inseridos aí aqueles meus companheiros de sala que experimentaram pela primeira vez um "beck" de maconha durante a graduação passando a experimentar o álcool que, antes de sair da tutela dos pais para estudar, nem lhe sabia o sabor? Uma delas, inclusive, virou a grande preocupação da minha turma porque estava assim jovenzinha tornando-se uma alcoólatra. Eu não consigo enxergar através dessa perspectiva inócua e ascética aquelas minhas colegas que tiveram sua primeira experiência sexual com aquele cara do curso tal. E onde está aquele meu amigo filho de um pastor e teólogo separado de sua esposa fumando por todo o campus sem expectativa de um futuro seguro e amado por Deus? E aquele vizinho de república que se suicidou? E a aluna que está orgulhosa por ter beijado aquele professor "mais gostoso" do curso? Ah... Certamente estes acontecimentos nada têm a ver com esse ambiente universitário a-religioso e impassível de enganos! Quase me esqueci da vez que me ofereceram anfetaminas lá perto da lanchonete... E dos meus amigos viciados em LSD. E daqueles que frequentam assiduamente o dito bar pertísimo da universidade localizado, claro, num bairro que é rota de tráfico.

Pois é, pode haver quem diga: "Mas, sabe, é porque são jovens, e realmente são eles que são os responsáveis por toda essa baderna... Eles chegam à universidade com aquela mentalidade de colegial que curte balada, fofoca e atende celular no meio da aula, chega de porre na aula vestindo óculos escuro. São esses deslumbrados com toda essa novidade universitária e com todo esse novos conhecimentos com o quais estão abrindo suas mentes que, agora longe de casa, se sentem os tais podendo dormir em plena aula simplesmente porque participaram daquele dito 'xurras' no final de semana. Segunda-feira e quinta, por causa das baladas, são os dias de maior 'diáspora'. São eles mesmos que vão tomar jeito na vida mais pra frente e ver o tempo que perderam, entendeu?" Pera aí... Acho que a gente esquece que naquele mesmo xurras, junto com seus alunos, havia professores sentados à beira da piscina com singelos beckzinhos de 'marijuana' na boca. Por coincidência são aqueles mesmos professores que são homenageados na formatura... Lógico, também são gente competente e influente. Sei lá... Agora, alie todas essas coisas... Acho que isso impacta um pouco aquele adolescente de 17, 18 anos que adentra a universidade, né? - "Porque não, fumar uma maconhinha e ser um gênio?".

Eu ficaria tão feliz se o ambiente universitário não influenciasse meus amigos em suas vidas pessoais e suas formulações subjetivas relativas à sua concepção do que seja a vida! Seria tão bom! Seria tão bom que esse ambiente não influenciasse a fé dos meus irmãos de fé! Seria tão bom se esse meio não me influenciasse! Mas, não é bem assim...


Conheço poucos cristãos que mantiveram a fé. A genuina fé. Aquela fé pela qual devemos viver, segundo o apóstolo Paulo em sua carta escrita aos Gálatas (3:11). Certamente os escárnios direcionados aos cristãos estavam profetizados por Jesus no chamado Sermão da Montanha (Mt 5:11). Será que nesse ambiente de ciência religiosamente cética e sexualidade desvirtuada é fácil manter-se firme? Pelo amor, né? Ta pedindo muito. Mas agora é sério. É realmente difícil.

De maneira geral, os cristãos podem até continuar dizendo que são presbiterianos, assembleianos, católicos fervorosos... Mas não notam a fina fumaça saindo de seus espíritos tal qual uma vela quando é subitamente apagada com os dedos.

Eu não creio que devemos nos conformar com um quadro como esse que se repete em todos os lugares do mundo. Podemos ser poucos no campus universitário mas onde há luz, as trevas cedem; onde já justos, o Senhor SE REVELA muito independente da quantidade de pessoas. Sabe por que??? Somos embaixadores do Reino Eterno do Altíssimo onde quer que estejamos, inclusive na universidade. E este Reino modifica a vida das pessoas reconciliando-as com o Criador através da Graça de Jesus.

Eu amo de mais meus amigos universitários sejam eles jovens ou velhos para crer que eles não podem transcender à influência de terceiros. Eu creio que o cristão existe para influenciar e não ser influenciado. Eu creio que devemos combater o bom combate e guardar a fé como servos do Messias (II Tm 2:7). Eu creio que podemos salgar e luzir, como o nosso Amigão e Amado falou há uns dois mil anos atrás (Mt 5). Se eu não crer nessas coisas e conseguir vê-las acontecendo, de que servirá a minha fé?! Díga-me, DE QUE?!

Essa terra dos coqueirais e dos babaçuais e porque não dos cafezais e dos algodoais [e das canas] merece muito mais do que simplesmente a herança da Queda humana (Gn 3), ou seja merece muito mais do que a abundância de pecado! Se já conseguirmos que os cristão mantenham-se caminhando pelo caminho da porta estreita acompanhados de Jesus (Mt 7:13) e de seus irmãos na fé frente aos desafios que este novo momento da vida universitária apresenta, já conseguiremos muito. A redenção daqueles ligados a eles estará a um passo! E que redenção é essa se não também a
elevação dos valores éticos à altura de Cristo e crescimento moral daqueles que fazem parte de todo o Corpo Acadêmico através de um encontro pessoal e tranformador com Ele?

Que redenção é essa se não a experiência de viver um Evangelho sem legalismos ou libertinagens, sem religiosidade, nem humanismo?


Que a universidade seja um lugar de Vida e não de morte. Um lugar de redenção e não de perdas irremediáveis. Um lugar de cura para a alma e amor genuíno e sacrificial pelo Criador.

Um a um. Essa é a nossa visão. Um cristão verdadeiro influenciando aqueles ao seu redor num relacionamento pessoal com eles. Se já somos poucos na universidade, lutemos para que não sejamos menos do que somos! E tenhamos em mente que são aqueles que adentram à universidade e não são meramente nominais que são os mais odiados mortalmente por Satanás. Ele está na presença de seus demônios à espreita esperando que cedo ou tarde caiamos. A batalha começa em nós e se não avançarmos espiritualmente (Mt 16:18c), o sangue dos inocentes mancharão nossas mãos (Ez 33:6).

Mantenhamos os olhos fitos no autor e consumador da nossa fé (Hb 12:2) e cumpramos a Grande Comissão começando por Jerusalém (At 1:8) com o Espírito Santo flamejante dentro de nós e não apagado proclamando Seu Reino de Vida. E isso a começar pelo lugar onde o Senhor tem nos feito passar grande parte do nosso tempo gastando grande parte de nossa energia, a UNIVERSIDADE.

Lugar de ciência e fé. Fé que pensa e razão que crê.

Amém.

2 comentários:

Silas disse...

Ótimo texto Juliana! Falou tudo.

Esse discurso da objetividade da ciência é pessimo. O que vejo na realidade é apenas a briga entre os professores, cada um querendo impor sua subjetividade, cada um só pensa em si, na própria glória. É tudo muito fútil, e eles percebem isso. Festinhas, drogas... o q são senão tentativas de dar sentido a vida vazia deles.

Vc apontou o caminho certo se queremos influenciar tal situação, não é confronta-los e expor nosso "ponto de vista" a partir de um debate intelectual, (apesar de que não considero isso de todo ruim, mas as vezes pode mais afastar do q aproximar), mas o principal é ama-los, é pelo amor q nossa mensagem pode ter acesso a eles assim como é pelo amor q a graça de Deus pode ter acesso a nós.
É a graça q constrange, q atrai, e Deus quer manifestar a graça dele por meio de nós. E isso é incrivel!!
Graça e paz pq agosto voltam as aulas. :)

Bruneth disse...

Ótimo texto mesmo, Ju!!

Eu não vivo nesse ambiente de universidade, porém tenho visto o que minhas amigas passam dentro desse lugar!!

Espero realmente, que lá o cristianismo seja passado de um a um, com palavras e, principalmente, atitudes que demonstrm o amor do nosso Deus!!

Um forte Abraço!
Bru Renata

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